domingo, 8 de outubro de 2017

Incomplete

what I want is not always what I needed and 
what I need is to be tattered to you
 till all I see is there's no end in view 
for this to never stop is for it to never work 
the endless lonely sorrow would be my sanctuary, my church 
for this to never stop
 is for it to never work 
it's not defeat
 to feel incomplete 

I finaly do believe
 to bear the cross to love the losses how I succeded 
all I need is to be tempted by you
 to all I see is there's no end in view 
I think we both can agree
 what I want is not allways what I needed 
all I need is to be tattered to you 
forevermore that won't be true 
for this to never stop
 is for it to never work 
the endless lonely sorrow will be my sanctuary, my church
 for this to never stop
 is for it to never work
 it's not defeat
 to feel incomplete 
for this to never stop
 is for it to never work
 for this to never stop

 it's not defeat
 to feel incomplete 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Amar pelos dois-Salvador Sobral



Vive o Dia de Hoje!



 
Não penses para amanhã. Não lembres o que foi de ontem. A memória teve o seu tempo quando foi tempo de alguma coisa durar. Mas tudo hoje é tão efémero. Mesmo o que se pensa para amanhã é para já ter sido, que é o que desejamos que seja logo que for. É o tempo de Deus que não tem futuro nem passado. Foi o que dele nós escolhemos no sonho do nosso absoluto. Não penses para amanhã na urgência de seres agora. Mesmo logo à tarde é muito tarde. Tudo o que és em ti para seres, vê se o és neste instante. Porque antes e depois tudo é morte e insensatez. Não esperes, sê agora. Lê os jornais. O futuro é o embrulho que fizeres com eles ou o papel urgente da retrete quando não houver outro.

Vergílio Ferreira, in "Escrever"

terça-feira, 21 de março de 2017

Nascer Todas as Manhãs


Apesar da idade, não me acostumar à vida. Vivê-la até ao derradeiro suspiro de credo na boca. Sempre pela primeira vez, com a mesma apetência, o mesmo espanto, a mesma aflição. Não consentir que ela se banalize nos sentidos e no entendimento. Esquecer em cada poente o do dia anterior. Saborear os frutos do quotidiano sem ter o gosto deles na memória. Nascer todas as manhãs. 

Miguel Torga, in "Diário (1982)"