quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fim de tarde ...

Fim de tarde quente … sente-se no silêncio da paisagem uma fragrância, um misto de mar e serra, um belo convite ao recolhimento!

A Natureza é realmente magnífica e deixa-se contemplar, em toda a sua plenitude.

A vista espraia-se no horizonte e vislumbra-se um pôr-do-sol vermelho escarlate.

O dia foi longo e a manhã já tão distante! O sol, com um ar entristecido, finalmente rendido, faz uma vénia à noite, e retira-se lentamente.

Neste fim de tarde suaviza-se a rotina e o corpo descansa, retempera -se. A mente fica adormecida e suspira pelo luar…

A lua, atenta, espreita lá do alto e, vaidosa, oferece a sua luz à noite. O céu é o seu palco e as estrelas protagonizam um brilho de festa. Aguarda-se a melodia do vento e acertam-se os passos para a dança. A noite caminha silenciosa, e a lua, cansada de tanto esperar, começa a bocejar e prepara-se para descansar. Vislumbra-se o espreguiçar da madrugada e um raio de sol desponta, lá longe…

É o recomeço de um novo dia.

DC

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril - Grândola Vila Morena


A música que em 25 de Abril de 1974 lançou as tropas portuguesas para a rua. Era o inicio do golpe de Estado. Acabava a Ditadura...

sábado, 24 de abril de 2010

A escrita por prazer




" Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros." Eugène Ionesco


Procuro a escrita como quem procura saciar a sede, porque escrever é ser outro. Alheio a tudo e todos, a sós com o meu pensamento, a mão deixa-se envolver no prazer da escrita e solta-se…

Escrever é desenhar letras, formar palavras e ordenar o pensamento. É ser capaz de abrir a alma e partilhar sentimentos com o desconhecido.

E quantas vezes, o papel é o nosso amigo silencioso, o nosso confidente! Povoado com letras, fica tão gracioso, para prazer e deleite do seu povoador.

Como diz o escritor Vergílio Ferreira,"Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve.”

DC

1910 - Os Grandes Armazéns do Chiado em Coimbra

(clique na imagem)

Programa comemorativo do Centenário do Edifício do Chiado.

O Edifício do Chiado é, provavelmente, a mais importante construção de estrutura de ferro existente na cidade de Coimbra.
O seu nome deriva do estabelecimento que albergou durante décadas, uma vez que o seu proprietário uma família de Arganil, a Família Nunes dos Santos possuía também os Grande Armazéns do Chiado, em Lisboa.
As obras de construção decorreram entre 1909 e 1910 e, quando abriu tornou-se o espaço comercial mais prestigiado de Coimbra.
Há cerca de vinte e cinco anos, o imóvel tornou-se propriedade do município funcionando agora como espaço cultural polivalente (Museu da Cidade de Coimbra).
Em 1995 sofreu uma alteração profunda que procurou devolver-lhe o seu carácter inicial, mantendo suportes de madeira no último piso, em forma de abóbada, para suportar pisos e reposição da telha.
No âmbito da exposição serão promovidas acções educativas, nomeadamente, visitas interpretativas ao Edifício Chiado e ateliers orientados para o público escolar, nos quais se tentará transmitir e reviver os inícios do século XX.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Mundial do Livro 2010

O DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, a data marca também os aniversários da morte do escritor inglês, William Shakespeare, e dos espanhóis Inca Garcilaso de la Vega e Miguel de Cervantes, ou escritores nascido , como Vladimir Nobokov e Maurice Druon, Josep Bla ou Vallejo.

A ideia da comemoração do DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, é oferecida uma rosa a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.
Em 2010, a UNESCO escolheu a cidade de Lubliana (Eslovénia) como Capital Mundial do Livro, tendo como fundo o Diálogo de Culturas, segundo a mensagem da Irina Bokova, Directora Geral daquela instituição.

No âmbito das comemorações do DIA MUNDIAL DO LIVRO realizou-se ontem dia 22 de Abril pelas (16h00) - na Escola EB 23 C/S. José Falcão um Workshop "Escrita criativa: dos gatafunhos à criação", pelo Profª Maria de Lurdes Loureiro.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Terra: 40 anos de celebração e continua tudo na mesma

"O nosso relacionamento com o planeta Terra piorou nos últimos anos. Apesar de estarmos mais eficientes, temos cada vez mais produtos a gastar mais. A pressão sobre a Terra está a tornar-se cada vez maior", avisa Susana Fonseca, presidente da Quercus. Por isso, esta associação ambiental admite que quarenta anos depois da primeira comemoração do dia da Terra, este planeta está na mesma ou pior.
Fonte: DN

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Tempo

Ping! Ping! Pingggg!
É a chuva a bater na vidraça,
Prenúncio de uma noite molhada,
E de uma fresca madrugada.

E eu, perdida no tempo,
Atenta ao soluçar da noite,
Escrevo...
Sobre o tempo, ao sabor do tempo!
Lentamente, sinto-me a baloiçar...
É o tempo que me está a embalar!
Fecho os olhos e continuo a escutar:

- Ping! Ping! Pingggg!
A chuva a bater na vidraça. ...................................................... DC

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Tempo é o compasso da vida

Mundo que giras sem parar
Tempo que corres sem retorno
Onde vais? Porque vais?
Ah saudade! Tu não partes!
Que tormento!

A vida é feita de retalhos,
Pedaços de ternura, gargalhadas,
Falhas e algumas farpas.
Gente que se encontra e vive
Suportando agruras, partilhando emoções
Com sorrisos, choro e euforias contidas!

A vida é tudo e nada!
................................................................ DC

domingo, 18 de abril de 2010

Na margem do rio

O casario envelhecido, sobranceiro ao rio, que desliza, suavemente, indiferente a quem ainda o habita, alberga histórias muito vivas na memória das gentes que ainda por lá calcorreiam, escada acima, escada abaixo, os caminhos já gastos pelas andanças da vida. Cada degrau narra episódios, de uma longa história partilhada por todos os que habitaram no velho casario. E que histórias de pasmar, se ouvem contar!
A vida pacata de um acordar ao som do galo, mal rompe a aurora; o sol a bater nas vidraças, a pacatez do lugar perturbada pela máquina moderna, que emite sons estridentes; a azáfama das lides da terra: a sementeira, a apanha da azeitona, do milho e da batata, os cantares à desgarrada, numa noite de desfolhada, marcavam o calendário dos tempos antigos.
Nos Verões quentes, lavadeiras refrescavam os pés no rio, lavavam mantas e lençóis, branqueando as roupas amarelecidas pelo Inverno.
O rio permanece no seu leito, como que adormecido. Parece ter perdido a memória, continuando indiferente, no seu percurso em direcção à foz.
DC

sábado, 17 de abril de 2010

Crise Académica de 1969

17 Abril 1969. Há precisamente 40 anos a Universidade de Coimbra foi abalado por uma das maiores crises académicas da sua história.
Para assinalar a data, a ESECTV preparou uma edição especial inteiramente dedicada à crise académica de 1969.
Esta emissão conta com os depoimentos de Pio Abreu, estudante de Medicina na época, e Álvaro Perdigão, jornalista da Emissora Nacional destacado para a cobertura da sessão de 17 de Abril de 1969.
Ainda nesta edição, Ricardo Martins, realizador do documentário Futebol de Causas e a opinião de estudantes de Coimbra sobre a crise de 1969 e a actualidade.
Crise Académica 1ª Parte



Crise Académica 2ª Parte


quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Melodia do Adeus (The Last Song )

Veronica (Miley Cyrus) nunca conseguiu superar o divórcio dos pais nem a inesperada mudança do pai para a ilha de Tybee. Aos 17 anos, é uma rapariga rebelde e revoltada, com uma relação muito tensa com todos os que lhe estão próximos. Agora, três anos após a separação, a sua mãe resolve que chegou o momento de ambos os filhos irem passar as férias de Verão com o pai, numa tentativa de reaproximação. E, naquele lugar paradisíaco, onde a música servirá de mote à comunicação, Veronica vai aprender que o amor, independentemente da forma como é demonstrado, é muito mais complexo do que ela poderia imaginar, mesmo nas suas formas mais imprevisíveis. Realizado por Julie Anne Robinson, é a versão para cinema do romance homónimo de Nicholas Sparks, escrito já com a intenção de ser transformado em argumento e a pensar em Miley Cyrus, celebrizada como Hannah Montana, como protagonista.


terça-feira, 13 de abril de 2010

De novo, o vento...


De novo, o vento que passa lá fora, agitado!

Bate na minha janela, fico em sobressalto

Sustenho a respiração para escutar seus murmúrios…

Escuto palavras sussurradas e desentendidas

Que fogem como cavalos, galopando nas colinas.


Quebra-se o silêncio, na noite escura

Minha alma triste e surda, chora.

Lágrimas teimosas rebolam sobre o meu rosto

E o papel querem marcar.


Fico acordada, já não quero dormir!

Como cigarra, numa noite quente de luar

Solto palavras, que vagueiam no ar…

Depois, agarro-as, ajeito-as em rimas

Transformo-as em melodias e entrego-as ao vento…

Que parece serenar! ...................................................... DC