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Era uma noite de luar, regressava da escola pela estrada serpenteada de curvas e contra-curvas, quando fui surpreendida pela corrida veloz de um raposinho bebé.
Seguro de si, seguia o seu instinto em direcção à mata, talvez recolhesse à sua toca, depois de ter saciado a fome no galinheiro das redondezas, ou andasse à procura de alimento para a ceia.
Fiquei encantada com a beleza rara daquele bichinho de porte rasteiro, focinho esguio, cauda comprida e felpuda.
A viagem, naquele dia, pareceu-me mais longa. Recuei no tempo e recordei com saudade as histórias: “O galo e a raposa”; “A raposa e o corvo”; “ O romance da raposa” e “O Príncipezinho”, que fizeram as delícias do meu imaginário infantil e da minha adolescência. A raposa matreira, sempre pronta a enganar os outros animais, recebendo em troca lições de reprovação pelo seu comportamento; o diálogo entre a raposa e o príncipe sobre a temática da amizade: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"; “O bem deve ser copiado e o mal evitado”, máximas a reter destas surpreendentes fábulas, que foram despertando a minha consciência e a minha sensibilidade.
O habitat natural, onde o homem e a natureza se respeitavam mutuamente, eram referências constantes do ambiente bucólico que as fábulas, tão claramente demonstravam. Os animais eram raramente perseguidos, e quando acontecia, quase sempre acabavam por escapar, e não falavam de poluição nem estavam em vias de extinção.
As fábulas são lições de inteligência, justiça e sagacidade. Elas ensinam os mais novos a crescer com respeito pelos valores essenciais a uma vivência sã e saudável......................................................................................DC
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