domingo, 29 de maio de 2011

ÁRVORE DA VIDA, de Terrence Malick

Árvore da Vida, vencedor da Palma de Ouro, em Cannes, é uma odisseia da humanidade, pelos primordiais lodos borbulhantes, através das erupções vulcânicas e sentimentais. E tem música, imagens transcendentes, uma família, uma árvore e uma pequena luz. Em termos cinematográficos é um big bang.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Baladas de uma outra terra, aliadas




Baladas de uma outra terra, aliadas
Às saudades das fadas, amadas por gnomos idos,
Retinem lívidas ainda aos ouvidos
Dos luares das altas noites aladas...
Pelos canais barcas erradas
Segredam-se rumos descridos...

E tresloucadas ou casadas com o som das baladas,
As fadas são belas e as estrelas
São delas... Ei-las alheadas...

E sao fumos os rumos das barcas sonhadas,
Nos canais fatais iguais de erradas,
As barcas parcas das fadas,
Das fadas aladas e hiemais
E caladas... Toadas afastadas, irreais, de baladas... Ais...

Fernando Pessoa


sábado, 21 de maio de 2011

A Natureza



"Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome." (Mahatma Gandhi)

sexta-feira, 20 de maio de 2011




"Como estrela de rock, eu tenho dois instintos: quero divertir-me, e quero mudar o mundo. E tenho realmente a oportunidade de fazer ambas as coisas."


Bono Vox Irlanda
n. 1960 Músico/Vocalista

Abba - Fernando


Can you hear the drums fernando
I remember long ago another starry night like this
In the firelight fernando
You were humming to yourself and softly strumming your guitar
I could hear the distant drums
And sounds of bugle calls were coming from afar


They were closer now fernando
Every hour every minute seemed to last eternally
I was so afraid fernando
We were young and full of life and none of us prepared to die
And I’m not ashamed to say
The roar of guns and cannons almost made me cry

There was something in the air that night
The stars were bright, fernando
They were shining there for you and me
For liberty, fernando
Though I never thought that we could lose
There’s no regret
If I had to do the same again
I would, my friend, fernando

Now we’re old and grey fernando
And since many years I haven’t seen a rifle in your hand
Can you hear the drums fernando?
Do you still recall the frightful night we crossed the rio grande?
I can see it in your eyes
How proud you were to fight for freedom in this land

There was something in the air that night
The stars were bright, fernando
They were shining there for you and me
For liberty, fernando
Though I never thought that we could lose
There’s no regret
If I had to do the same again
I would, my friend, fernando

There was something in the air that night
The stars were bright, fernando
They were shining there for you and me
For liberty, fernando
Though I never thought that we could lose
There’s no regret
If I had to do the same again
I would, my friend, fernando
Yes, if I had to do the same again
I would, my friend, fernando...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não me importo com as rimas


Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento..

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XIV"
Heterónimo de Fernando Pessoa

terça-feira, 10 de maio de 2011

O valor das palavras


Entreguei palavras à memória,

mas recebi-as de volta:

A palavra dor

que rima com flor

A palavra saudade

que rima com amizade

São lembranças adormecidas no tempo

que voltam sem avisar!

Brotam num cantinho do meu coração,

despertam por causa da saudade

E teimosamente não deixam a minha memória!

DC

domingo, 1 de maio de 2011

A origem do dia das MÃES

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Outro registo data do início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado “Mothering Day”, fato que deu origem ao “mothering cake”, um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de “O Hino de Batalha da República”. Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa.
Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem as suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

“Não criei o dia das mães para ter lucro”

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães tornou -se uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. “Não criei o dia das mães para ter lucro”, disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida a lutar para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem de suas mães. “O amor de uma mãe é diariamente novo”, afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos de todo o mundo, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cinema:La prima cosa bella

Sinopse

O que significa ter uma mãe belíssima, cheia de vivacidade, frívola e perturbadora? Esta é a angústia que desde sempre acompanhou Bruno, filho primogénito de Anna. No Verão de 1971, Anna fora coroada “a mais bela mamã” na estância balnear mais famosa de Livorno. Presentemente de relações cortadas com a sua cidade natal, Bruno é chamado pela irmã, Valéria, pois talvez seja a última oportunidade para ver a mãe com vida, dado esta estar internada nos cuidados paliativos. Aquela mãe explosiva, ainda bela e cheia de vida, contrariando todos os prognósticos médicos, parece não ter qualquer intenção de morrer. O reencontro ao fim de tantos anos força Bruno a recordar as vicissitudes familiares que quis a todo o custo esquecer. O resultado é uma reconciliação inesperada: a última lição de vida e de confiança no prazer de viver desta mãe, desconcertante e especial.