quarta-feira, 30 de junho de 2010

O olhar do caleidoscópio

Saudade é recordar com um sorriso triste, tempos idos e jamais esquecidos. Memórias de lugares, vivências e aprendizagens que permanecerão no tempo, porque criaram raízes e deram frutos. A vida é uma aprendizagem constante e, como diz o ditado popular: “Nunca é tarde demais para aprender!”.


Encontramos mestres, que, com o seu exemplo, a sua vivência, a sua persistência e os seus silêncios, transmitem sábias lições.

Palavras para quê, quando há tanta grandeza na alma de quem irradia assim energia positiva! É como estar na clareira de uma floresta a sós com a mãe-natureza e absorver a pureza do ar que se respira, a frescura que nos toca e a imponência da vegetação que nos abraça. É sentir a carga energética que revitaliza o corpo e a alma e o desejo de interacção com o mundo, numa perspectiva inter-relacional plena.

Estar bem com os outros é estar bem consigo próprio, é olhar o mundo através de um caleidoscópio.

DC

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O valor da vida

Saber aceitar as etapas da vida, e que cada uma faz a diferença no percurso de um tempo que não tem retrocesso, é viver!

Se vivermos cada momento com intensidade, percebemos o valor da vida e a diversidade de ofertas que esta tem para nos dar.

Como alguém dizia:” a forma como vivemos o presente, determina o nosso futuro”.

Procurar que a vida seja plenamente ” vivida”, é um desafio gratificante para muitos; para outros, ela é apenas a aceitação passiva da passagem do tempo. E os contratempos surgem como uma inevitabilidade. Então, escutam-se ecos de lamentações: falta de sorte, tinha de ser assim, é o destino…

Viver é uma arte, e cada um de nós é um artista no palco da vida. A vida é uma peça valiosa com muitos detalhes que são trabalhados e aperfeiçoados no tempo. E o tempo caminha de mãos dadas com a vida, é uma bússola que a orienta e norteia e marca o início e o fim da nossa viagem.

Mas a vida é um círculo onde podemos colocar um arco-íris.

DC

quarta-feira, 23 de junho de 2010

“Oceano pacífico, uma realidade com um toque de mistério”.

Desde o tempo de estudante, com saudades

te recordo...

Companheiro de solidão,

alimento da imaginação

e chama na minha paixão!

Que imensidão de paz e profunda serenidade,

escutar-te...

Nas longas noites de Inverno

e nas noites quentes de Verão!

Ouvir a tua música, calma e terna

e sentir as cordas da alma a vibrar!

Contigo viverei, viverão muitos...

Noites longas, de grande solidão.

Contigo sentirão o peso do silêncio

Ou calarão a força da razão,

Só para te escutar!

DC

terça-feira, 22 de junho de 2010

Praias. Guia da Bandeira Azul 2010

A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído, anualmente, às praias e marinas mediante um processo de candidatura e cumprimento de um conjunto de critérios.
O Programa Bandeira Azul da Europa teve início em 1997 e tem como objectivos a promoção e educação ambiental, tendo elegido a “Biodiversidade em Sistemas Aquáticos” como grande tema de 2010 na estratégia ambiental. Esta escolha ganha especial relevância no âmbito da celebração do Ano Internacional da Biodiversidade, que decorre este ano.

domingo, 20 de junho de 2010

A Maior Flor do Mundo. José Saramago

A maior flor do mundo é uma magnífica história para crianças, mas, antes de tudo, é um legítimo
Saramago. Transformando-se em personagem, o autor conta-nos que uma vez teve uma ideia para um livro infantil e inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria a mais linda de todas as que se escreveram, desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Poema à Boca Fechada

Não direi:

Que o silêncio me sufoca e amordaça.

Calado estou, calado ficarei

Pois que a língua que falo é doutra raça.


Palavras consumidas se acumulam

Se represam, cisterna de águas mortas,

Ácidas mágoas em limos transformadas,

Vasa de fundo em que há raízes tortas.


Não direi:

Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,

Palavras que não digam quanto sei

Neste retiro em que me não conhecem.


Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,

Nem só animais bóiam, mortos, medos,

Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam

No negro poço de onde sobem dedos.


Só direi,

Crispadamente recolhido e mudo,

Que quem se cala quanto me calei,

Não poderá morrer sem dizer tudo.

José Saramago "Os Poemas Possíveis"