Através da janela, o ar fresco da noite
Penetra, de mansinho…
Toca suavemente rostos semi-adormecidos
Anuncia-se e espera, pacientemente, que a magia aconteça:
Que os corpos cansados de labutar
Se rendam à frescura da noite.
Ao longe, escutam-se ruídos de uma cidade viva:
Motores guiados por gente que regressa,
Vozes distorcidas de gente cansada,
Um gato que mia com fome
E com saudades da dona, que voltou…
A música da vizinhança
Vai abafando os barulhos do entardecer,
E o silêncio que se deseja, vai chegando
Como canção de embalar!
A noite, avança...
E os corpos rendidos, deixam-se envolver
Pela frescura da brisa e pelo silêncio…
E adormecem.
DC
1 comentário:
Parece que andamos em sintonia... Coincidências nos temas escolhidos... Gostei. Tens mesmo jeito para a poesia DC!
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