quinta-feira, 5 de agosto de 2010

No sopé da Serra

No sopé da Serra da Estrela

Por entre arbustos e lailantes

O rio passeia contemplando

As suas margens verdejantes


As ervas alongam-se para acariciar

As águas frescas e calmas

Que parecem mudas e paradas

Como mouras encantadas


Nas margens, o ar extasiado das crianças,

Ávidas de um mergulho no rio,

Aguardam que o estômago fique vazio,

Para refrescar os corpos nus

Nas águas quentes do rio


Lá no alto, o sol brilha com todo o seu esplendor

E a terra queima como brasas…

Novos e velhos passeiam nas margens do rio

E mergulham nas suas águas

Este, em sinal de gratidão, estende - lhes o areal

E oferece-lhes a frescura das sombras


E o sol parece querer abraçar o rio,

Projectando nele os seus raios de luz

As águas adquirem maior beleza

E sorriem aos veraneantes

que passam ou repousam nas margens verdejantes


E o rio continua o seu percurso

Deslizando sereno, orgulhoso e brilhante!

DC

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