Era uma bela manhã de inverno, o
gelo cobria os telhados e o vento frio abanava as portadas da minha janela. Há
dias que olhava para o barco do meu avô e pensei que tinha chegado o dia de
partir à descoberta da minha ilha encantada: um local com uma grande variedade
de vegetação muito verdejante, flores multicolores e perfumadas, florestas
povoadas por inúmeros pássaros exóticos e animais pacíficos.
Desci à praia, a brisa marítima
empurrava-me para a aventura e o barco deslizou pelas águas rumo ao
desconhecido. Repentinamente as ondas aumentaram e eu perdi o controle da
embarcação. Senti que o desespero se apoderava de mim quando uma enorme onda entrou
dentro do barco e perdi os sentidos.
Acordei em terra firme, a imensa
e variada vegetação colorida e o perfume que se espalhava à minha volta parecia
pura magia. Seria a ilha que eu procurava? Decidi percorrê-la de uma ponta à
outra, o sol brilhava no horizonte e quando regressava à praia vi sombras que
fugiam e ouvi murmúrios. Parei a escutar e percebi a mensagem « Bem vinda à
ilha de Oz!».
Pensei no feiticeiro e no desejo
que sentia em conhecer o seu segredo, o segredo daquela ilha e fiquei tão
feliz.
Subitamente senti as pernas a
tremer, julguei que o medo se apoderava de mim, mas depressa percebi que estava
sobre areias movediças, desatei a correr em direção ao barco e afastei-me.
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