A biblioteca Almeida Garret, no Porto, encheu-se para assistir à apresentação do novo livro de José Rodrigues dos Santos. Em "Fúria Divina", o jornalista mistura realidade e ficção num alerta para os perigos dos radicais islamitas. Ao lado do autor esteve a bloguer do Expresso, Faranaz Keshavjee.
Durante mais de duas horas, o pivô da RTP, acompanhado por Faranaz Keshavjee, socióloga e professora universitária e investigadora de temas islâmicos - autora do blogue do Expresso "Crónicas de uma muçulmana" -, e Anselmo Borges, teólogo e filósofo que dirige a colecção "Religiões", da Casa das Letras, defendeu que se deve ser intolerante para quem é intolerante e que as sociedades ocidentais não deviam permitir incitamentos à violência.
Embora considere que o perigo do radicalismo não exista em Portugal, cuja comunidade muçulmana considera "pacífica e integrada", José Rodrigues dos Santos citou versículos do Alcorão e deixou um alerta no ar: "E se a Al-Qaeda" tivesse a bomba atómica?".Faranaz Keshavjee, que não se identifica com qualquer tipo de radicalismo islamita, considera que "isso seria uma preocupação". Para a investigadora, que também é professora na Universidade Lusófona e tem um blogue no Expresso online, "há um outro Islão que as pessoas não conhecem e que apela à paz".
"Vivemos num mundo onde não nos conhecemos uns aos outros e por isso não nos compreendemos. Adorava que José Rodrigues dos Santos, que fez um trabalho notável com este livro, mostrando uma face que existe e de que eu não gosto, escrevesse uma outra obra sobre a outra face do Islão, que é a que a maioria dos muçulmanos mais segue e se identifica".
O novo livro de José Rodrigues dos Santos, "Fúria Divina", tem 608 páginas e aborda temas como o terrorismo islamita, o fundamentalismo islâmico, a cultura, a apropriação de engenhos nucleares por parte do mundo islâmico e a Al-Qaeda, entre outros.
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