Ninguém se sente verdadeiramente livre, quando sobre si paira o olhar do outro, que constrange e provoca inquietude. Vivemos numa sociedade repleta de estereótipos (de) formados. Desde o berço fazemos birras pela liberdade e crescemos sem a conhecer verdadeiramente, porque nos ensinam a respeitar e aceitar pacientemente.
Fomos educados para adoptarmos comportamentos socialmente correctos, quando tantas vezes nos apetecia dizer disparates; calar, quando temos vontade de gritar; sorrir, para não desesperar, faltar, para não ter de enfrentar…
Neste cenário da vida, vivemos aprisionados como passarinhos engaiolados sob a copa de uma árvore frondosa. Neste habitat artificial, vamos protestando, chorando, rindo e cantando que um dia seremos livres… de voar! Pura ilusão? Ou talvez não! Nesta caminhada errante, vamos recriando, para nos iludirmos, pequenos momentos de liberdade que nos dão algum alento.
Alguns de nós vivem na angústia permanente da falta de liberdade, vivem formatados, sem direito à individualidade, mas sabem que não estão sós! É preciso não esquecer que, apesar do leito do rio ser sinuoso, chega ao mar!
Sem comentários:
Enviar um comentário