A Terra está a ser destruída pela mão do homem: intempéries sucessivas, cada vez mais frequentes, sem retrocesso possível, vêm, pela calada da noite ou ao romper da aurora, castigar a humanidade.
A Natureza não se compadecerá, jamais, do ser humano porque este não se tem privado de a explorar, destruindo-a ao longo de gerações, consumindo, lentamente, e com grande regozijo, os presentes, generosamente, oferecidos por ela. E, de repente, movido pelo consumismo desenfreado, tornou-se ávido, ficou cego e um sugador sem pudor.
O Homem tem-se comportado como um animal selvagem que, no seu habitat natural, devora o seu troféu de caça perante o olhar atento da deusa.
E esta não perdoará, jamais, a sua sofreguidão e castigá-lo-á para preservar o território que é seu e que, diligentemente, cedeu ao predador.
E sobre a Terra ouvir-se-ão gritos e lágrimas de dor e revolta, perante uma Natureza cega, surda e insensível que continuará, implacável, o seu ciclo de destruição do planeta e erradicação definitiva do Homem.
Completar-se-á o ciclo de permanência dos Humanos na Terra.
DC
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